terça-feira, 16 de março de 2010
terça-feira, 9 de março de 2010
Purpose hunting...
Atendendo a vários pedidos que enchem minha caixa de e-mails todos os dias, hauhau resolvi escrever sobre qualquer bobagem... :D Mas ta certo, minha gente, esses milhares de “fãs” meus respondem pelo nome de Márcio e meu querido e precioso amigo Boris. Afinal, Boris, tu pareces apreciar bastante o que e quando escrevo a menos que não estejas saindo do msn...
Cheguei a conclusão de que existem pessoas que chegam a ser viciadas em propósito. Em tudo que essas pessoas fazem, precisa haver um propósito que lhes ofereça algum benefício especial. Essa parece ser eu. Se assisto um filme, a idéia de que ele seja dublado me mata, já que ao assistir um filme, eu poderia estar me entretendo mas também investindo na melhora de algum idioma, já que essa parece ser fatalmente minha paixão. Caminhar?? Qual seria o próposito? Saúde?? Saúde é motivo pouco quando se pode ouvir música ao mesmo tempo ou ler algum livro (não pensem que eu já não fiz isso, e consequentemente não pensem que eu já não bati em algum poste...). Caminhar pra ouvir minha voz interior seria um trabalho super esgotante; pode ser que eu ouvisse minha voz interior mas eu provavelmente ficaria me interrompendo o tempo todo. Acredite!! E se ouço música, a verdade é que deveria ter a letra da música também, assim eu desenvolveria ainda mais meu vocabulário; sob essa perspectiva música clássica e brasileira seria simples perda de tempo. Mas graças a Deus, piração às vezes ainda tem limite.
Busca insaciável por propósito: característica de mentes psicóticas e uma das características associadas a desvios de comportamento dos criminosos de calibre de assassinos em série e psicopatas. Isso foi o que vi ontem num vídeo sobre classificação de crimes numa escala de maldade de 1 a 17, de acordo com as variáveis. Poucos psicopatas chegam a cometer algum crime mas isso naturalmente não me faz sentir muito melhor a respeito. O ponto onde quero chegar é que criar um blog levou um certo tempo para mim e fazer uma segunda postagem levou mais um ano e 10 meses, fato que se explica basicamente por essa falta de propósito em todas as coisas e mania de perfeição minha. É como se eu só achasse digno escrever sobre a cura do câncer ou para anunciar que estou grávida de trigêmios, ou que vou me mudar para Trinidad e Tobago, ou minha esperiência de sobrevivência depois de 2 semanas debaixo dos escombros no Haiti.
Sempre a sensação de que qualquer coisa que não for desse nível de importância não vale a pena ser registrado. Mas bem ao meu modo, já estou "considerando" a possibilidade de fazer postagens com uma freqüência menor porque “verba volant, scripta manent”: palavras voam e os escritos permanecem.
sábado, 26 de abril de 2008
Escrever sobre escrever :P
Certo! Sinceramente não sei bem ao certo porque estou escrevendo aqui ou... por que em algum momento eu achei que alguém iria se dar ao trabalho de ler. E será que alguém vai ler??? Claro! Só estou fazendo um pouquinho de charme, caro(s) leitor(es), claro que existe um pouco de mim aqui dentro achando que alguém se daria ao trabalho de ler. Vejam, já se vão 8 linhas praticamente, por esse tempo alguém já.... opa!!! :) Já são 9 linhas agora!
Bem, claro que não é minha intenção ver quanto tempo consigo preencher essas linhas sem falar "nada com nada", certamente que não! Mas uma coisa não é mentira: NÃO GOSTO DE ESCREVER. E se alguém um dia disse que o curso de Letras mata escritores, bem, creio que estou aqui como prova "viva" disso: um defunto que um dia já gostava de escrever. Em uma ocasião li em uma daquelas revistas "cult" de biblioteca de universidade (sobre as quais eu passava os olhos por desencargo de consciência e pra fazer uma moral pra mim mesma) um autor dizendo que "escrever" não é prazer; que na verdade, é dor, é sofrimento, é agonia. Não é a toa que essa é uma das poucas frases das quais me lembro, deve haver um motivo para tal, creio que tenha me identificado mesmo. Entretanto, é óbvio que tem que haver uma vantagem nisso, sim, existe algum aspecto positivo nesse masoquismo intelectual e deve ter alguma relação com o tipo de sofrimento voluntário a qual nos expomos quando ouvimos Pink Floyd por exemplo. Oh... música pra ter potencial tão oprimente como essa, heim? Pra me deixar "pra baixo"...! E desde quando isso significa que parei de ouvir???
A "escritofobia" como assim me referirei daqui por diante hahahha surgiu na minha vida (muito inopurtanamente) quando era pesquisadora do CNPq na área de Eduação. Ter conseguido um "trampinho" chique com o coordenador do mestrado (que nem meu professor de graduação era) por uns tempos me rendeu uns sorrisos e paz naquele "coração de estudante". Mas... mal sabia eu que minha "estafa" viria de uma complicação meta-teórica (ou como é que vou chamar isso, minha nossa?) que o tema de nossa área se prestava: escrita/autoria. Ok, minha atividade compreendia, em boa parte: escrever sobre escrever. Sei que é um absurdo mas meu cérebro já começa a doer por essa hora, já está se transferindo quase que num mal estar-físico isso de ficar escrevendo aqui. Mas creio que o post de hoje serviu para introduzir as condições sob as quais escrevo e... escreverei! Sim! Apesar de tudo, sinto profundamente que esse não será meu último post aqui. Até mais!